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Feira Colecionart reúne arte e criatividade em sua segunda edição no Centro Cultural UFG

Feira aconteceu no sábado (7), das 14h às 21h, com entrada gratuita e mais de 40 expositores

 

por Iasmin Feitosa

O Centro Cultural UFG (CCUFG) realizou a segunda edição da Colecionart – Feira de Artesdo CCUFG, no dia 7 de junho de 2025, no pátio externo da instituição. Gratuita e aberta ao público, a iniciativa reúne arte, cultura e empreendedorismo em um espaço voltado à valorização de artistas e artesãos locais, promovendo encontros entre a comunidade, a universidade e os saberes populares e acadêmicos.

A Colecionart foi criada com o objetivo de ampliar as possibilidades de exposição, circulação e comercialização de produções autorais, ao mesmo tempo em que fortalece políticas de formação, visibilidade e emancipação artística. Com mais de 40 expositores selecionados por edital, a feira vai apresentar e comercializar itens como artesanatos, pinturas, acessórios, roupas, calçados e alimentos artesanais.

Arte em crochê, madeira, tecido e memória

Entre os participantes da feira está a artista Ligia Montagna, que levou para o evento um trabalho autoral que mistura técnicas como gravura, escultura e crochê. “Meu trabalho busca experimentar, de formas diversas, as possibilidades do crochê. Apresento objetos tridimensionais das séries Apêndices e Abraçáveis, além de uma série de objetos-gravura, feitos a partir da impressão de ‘quadrados da vovó’, os tradicionais granny squares”, explica.

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Artista Ligia Montagna

 

A artista destaca a importância de espaços como a Colecionart para quem atua de forma independente ou em pequenos coletivos. “É caro e difícil manter-se à vista no sistema das artes. Eventos como esse, que valorizam a produção local, são fundamentais para a divulgação e circulação dos nossos trabalhos”, afirma.

Já a artista visual Ilda Santa Fé apostou em uma seleção que revisita diferentes momentos de sua trajetória, incluindo aquarelas, gravuras e pinturas sobre madeira. “Algumas dessas obras já participaram de exposições na própria galeria do CCUFG. É uma oportunidade para reencontrar o público e também construir novas conexões”, diz. Ex-aluna da UFG, ela vê na feira uma plataforma de inserção importante: “A Colecionart abarca artistas iniciantes, alunos e ex-alunos, com condições justas e canais potentes de divulgação. Isso faz toda a diferença.”

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Ilda Santa Fé - Sem título, 2025.

 

Cultura feita à mão e com afeto

Quem também retornou para esta edição é a artesã Maria Aparecida Inocêncio, criadora do Ateliê Recanto Maria Arteira. Seus trabalhos unem sustentabilidade e delicadeza: “Estarei com peças de artesanato em tecido, madeira, juta e material reutilizado. Haverá bonecas de pano, forros de mesa com retalhos, quadros com botões, cocares têxteis, entre outros.”

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Maria Aparecida Inocêncio

 

Para ela, participar da feira promovida por uma instituição universitária amplia o alcance e o reconhecimento da produção artesanal. “É um público mais eclético e com olhar atento à cultura. Espero fazer boas vendas, claro, mas também trocar conhecimentos, construir amizades e mostrar com orgulho o meu trabalho”, relata.

Compromisso com a cultura

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A Feira reafirma o compromisso da UFG com a arte, a cultura e a valorização das redes de produção local, fortalecendo a economia criativa e a articulação entre universidade e sociedade. Como resume Ligia Montagna, “a troca de conhecimentos tem mais valor do que a troca financeira. Na Colecionart, há um cuidado com as pessoas, e não apenas com os produtos.”

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