2023
26º SALÃO ANAPOLINO DE ARTE
EDIÇÃO ARTISTAS GOIANOS
Curadoria: Paulo Henrique Silva
Artistas
André Felipe Cardoso
Bicha Branca da Mata
Coletivo Maskarada
Glayson Arcanjo
Isabella Brito
Kassius Bruno
Matheus Pires
Manuela Costa Silva
Rafael de Almeida
Raquel Rocha
Rondinelli Linhares
Tatiana Susano
Luiz Mauro
Abertura: 03 de março de 2023
Visitação: até 06 de abril de 2023
O Centro Cultural da Universidade Federal de Goiás (CCUFG) recebeu, até o
dia 6 de abril de 2023, a mostra do 26o Salão Anapolino de Arte, após sua
realização em Anápolis, na Galeria Antônio Sibasolly, entre novembro e o final
de fevereiro. A exposição reuniu trabalhos de 12 artistas goianos e, também,
apresentou obras de Luiz Mauro - artista convidado -, que tem seu nome
marcado na história da arte regional. Esta foi a segunda edição itinerante do
Salão Anapolino em parceria com o CCUFG.
TRANSPARÊNCIAS E OPACIDADES
Curadoria: Maria Tereza Gomes e Jessika Lorrane Rodrigues de Oliveira.
Artistas do Acervo
Ciça Fittipaldi
Cristiane Brandão
Dulcimira Capisani
Eliane Chaud
Ludmila Steckelberg
Rava
Selma Parreira
Artistas Convidadas:
Isabella Brito
Lígia Montagna
Mirna kambeba Omágua Yetê
Anaquiri
Abertura: 30 de março de 2023
Visitação: 31 de março até 02 de junho de 2023
A mostra, composta por artistas mulheres, inaugurou uma nova sala de
exposições do CCUFG e marcou o lançamento do Programa de Extensão
“Mulheres nas Poéticas” da PROEC-UFG. A exposição apresentou obras de
artistas mulheres que possuem obras pertencentes ao acervo CCUFG,
juntamente com obras de artistas convidadas.
TEMPO DA GRAVURA
Curadoria:
Adriana Mendonça
Filomena Gouvêa
Luciene Lacerda
Nancy Melo
Suely Lima
ZèCésar
Artistas
Adriana Mendonça
André Berger
Augusto César
Célia Gondo
Doris Pereira
Filomena Gouvêa
Helder Amorim
Ilda Santa Fé
Jessika Lorrane
Luciene Lacerda
Mary Soares
Nancy Melo
Suelly Lima
Verônica Noriega
Vinícius Yano
Xica
ZèCésar
Abertura: 20 abril de 2023
Visitação: 25 de abril até 12 de maio de 2023
A exposição que agora se projeta como um novo desafio para o grupo
Ateliê Livre de Gravura é um ensaio que apresenta a gravura em sua
complexidade, com técnicas diferenciadas que se integram e se
complementam em diferentes poesias e subjetividades.
A mostra tem a questão do “Tempo” desenvolvido no processo de
gravação, reflete sobre a gravura como técnica milenar que continua
reverberando entre os procedimentos artísticos contemporâneos. Trata-se de
um fazer pensante mediante diversidade de possibilidades, com sua magia,
alquimia, ferramentas e ateliê de trabalho.
A gravura e suas etapas de construção nos integram à nossa
humanidade, por meio do processo de criação, reflexão e experimentação,
proporcionando significativas ações de gravar, entintar e imprimir conforme
suas linguagens gráficas tradicionais.
Gravadoras e gravadores se localizam em meio aos cadernos de anotações
(ou cadernos de artista/ gravador), diários de bordo, manuais, receitas,
poesias, lembretes, colagens, testes, esboços, anotações de ideias e
resultados de experimentos. Tudo que foi pensado e que está anotado tem
conexão com a materialidade das ferramentas, das prensas, dos químicos, das
matrizes e suportes.
No “Tempo da Gravura” há um laboratório imaginário, uma lacuna de
espaço/tempo, onde o passado e o presente convivem dentro de um lugar de
pensar e fazer. Nesse espaço entre o pensamento e o fazer não existe o tempo
da urgência, ou, talvez, esse espaço separadamente, como ausência, nem
exista e poderíamos denominar “tempoespaço” do “pensarfazer”.
Percebe-se com isso a relevância de nos sensibilizarmos para saberes
técnicos, manuais, artesanais em contraponto à pressa por resultados, numa
sociedade ansiosa e adoecida pelo excesso e rapidez das coisas. No entanto,
consideramos as reflexões sobre atuais formas de impressão impulsionadas
pelas tecnologias mecânicas e digitais, as quais alargam o conceito de
reprodutibilidade técnica criado por Walter Benjamin e questionam sobre a
suposta democratização da arte.
Diante de tais inquietações, vimos que o tempo vem corroendo os
conceitos e os limites do processo da gravura. A matriz se transmuta em
autonomia com linguagem própria e diversa. As impressões adquirem novas
faces, não se obrigam às tradicionais tiragens. Matrizes e impressões se
descolam entre si, libertam-se, ambas frequentam universos digitais e elevam
suas possibilidades reprodutivas ao infinito.
O “Tempo” no decurso de criação com gravura também é visto como
elemento corrosivo, este é produtor de ferrugens tintórias, de solos, de rochas
e espaços côncavos que modificam e esculpem a vida, cotidianamente.
Retrocedendo à origem da matéria, ele
esculpe as pedras litográficas, as árvores para xilogravura, as plantas para
papéis, os metais e até mesmo a matéria prima dos químicos, das matrizes de
plástico e das tintas. Aliado à natureza, aparentemente de forma lenta, ele faz
brotar, regar, ramificar, frutificar, alimentar e semear, completando ciclos,
reproduzindo entre ação e espera, nele aprendemos a refletir e ponderar sobre
os resultados. Vagarosamente o tempo transforma os espaços e as pessoas.
Assim, temos a falsa ilusão de controle, de precisão, mas o tempo é um
sal ou um ácido que ataca a estabilidade das coisas. Mesmo no manuseio das
técnicas tradicionais, para o Ateliê Livre de Gravura é importante considerar
processos híbridos entre o “velho” e o “novo”, expandindo para além do ateliê
como espaço físico, constituindo a “gravura” como linguagem, ou como palavra
que abrange diversas linguagens resultantes de impressões com matrizes de
relevo, matrizes de côncavo, matrizes permeáveis, matrizes planas e demais
possibilidades, onde as etapas – gravação, entintamento e impressão –
proporcionam diálogos únicos, singulares entre si. Estes em conversa com
diferentes poesias, resultantes de pesquisas e experimentações.
Entre o grupo, a gravura se torna um elemento de interação de subjetividades,
o elemento meio. O Ateliê Livre de
Gravura considera que toda alquimia gerada em seus processos
experimentais são atravessados pelos pensamentos, o fazer é filosófico, nele é
preciso morosidade onde há tempo para o “erro” e para refletir sobre as
descobertas contidas nele. Para isso, é preciso o tempo da espera, das
corrosões, do refazer, do reimprimir e da volta. Nesse vai e vem, a gravura
permite que cada um seja uma espécie de “matriz perdida”, onde a vida
imprime, o tempo grava em movimentos de “espelhar” e “espalhar” mundo
afora. O tempo modifica essa matriz, cria camadas sobrepostas que se
reconfiguram sempre nessa humanidade. Elas são sobrepostas e saltitantes,
cada uma é viva e se refaz, não tem lógica hierárquica. Assim, as camadas que
chegam à superfície geram surpresas ao infinito.
Adriana Mendonça - Ateliê Livre de Gravura, 2023
Marcelo Solá - Desenhos inéditos do gabinete vermelho
Marcelo Solá - Desenhos inéditos do gabinete vermelho, é o título dado à exposição individual, do artista Marcelo Solá, que acontece no Centro Cultural UFG (CCUFG), localizado no Setor Universitário (Goiânia/Goiás).
Após cinco anos, de sua última mostra individual, na capital goiana, o artista volta a mostrar um panorama de sua investigação. Com trabalhos que transitam entre diversos suportes, dentre eles o desenho, a pintura e a instalação. Nesta exposição individual, o artista apresenta um conjunto de obras, que criam diálogos com as experiências vivenciadas nas grandes metrópoles, e as mesclam às culturas populares de pequenas comunidades do interior de Goiás.
Assim, segundo o crítico de arte e curador, Wagner Barja (Brasília/DF), com um pé na atualidade e outro na ancestralidade, o artista não abre mão de suas origens primeiras, pois é lá, no fundão do Cerrado, que mora a sua identidade e inspiração. A fantasia que surge com o protagonismo em suas obras mistura arquétipos e signos de inscrições urbanas com simbologias de antigas culturas.
De suas composições nasce a alquimia poética, na qual o gráfico impulsiona o pictórico, numa escrita que evidencia o rico repertório visual de inscrições, traduzidas em imagens formadoras do alfabeto visual do artista, que ora remete a tempos modernos, ora a remotas lembranças.
*Wagner Barja, artista plástico, arte-educador, mestre em Arte e Tecnologias da Imagem – IdA/VIS – UnB, Notório Saber Plástica, História e Teoria da Arte, Arte-Educação, pelo Conselho Superior de Educação/ME, Doutorando em Ciência da Informação – FCI/UnB
Abertura: 15 de junho de 2023, às 19h30
Visitação: 16 de junho a 15 de setembro de 2023
Segunda a sexta das 9h às 12h e das 14h às 17h
Acervo Bordado: COTEC Labibe Faiad
A exposição Acervo Bordado, é uma atividade proposta pela Diretoria de Artes e Culturas do CETT/UFG, buscando valorizar a produção artística das estudantes do curso de bordado, bem como divulgar as Escolas Tecnológicas do Estado de Goiás.
A exposição apresenta um conjunto de 20 obras bordadas, releituras de obras de renomados artistas Nacionais e Goianos, que foram escolhidas por um grupo de mulheres-bordadeiras do interior do estado de goiás, estudantes do curso virtual de Bordado das Escolas Tecnológicas do Estado de Goiás (COTEC).
Estudantes de diferentes faixas etárias, profissões e Cidades do Estado de Goiás, que através desta atividade tiveram a possibilidade de realizar um passeio virtual pelos acervos dos museus e espaços culturais de Goiânia, conhecer estes espaços, ver e escolher um trabalho artístico realizando assim uma curadoria, pesquisar sobre os autores para a partir desta escolha realizar seus bordados.
Acervos Bordados é uma proposta que visa o empoderamento, acessibilidade, visibilidade e aproximação entre estudantes de diferentes áreas com as obras de renomados artistas nos espaços culturais Goianos através do bordado.
Nesta primeira exposição, 20 obras de renomados artistas como, Tarsila do Amaral, Cícero Dias, Aldemir Martins, Selma Parreira, Dineia Dutra, Peclar, Dek, Fernando Thommen, Fé Córdula, Laerte Araújo, Péclat de Chavannes e Tuneu foram escolhidas e bordadas e serão expostas em um primeiro momento no Centro Cultural da UFG.
A exposição, portanto, fala sobre cada história, memória e sensibilidades destas mulheres, reveladas em experiências singulares, de força, resistência e empoderamento que a partir dos saberes adquiridos, sobre os pontos, cores e emaranhados de linhas, reuniu obras do acervo em seus bordados, em novas histórias. Encurtando distâncias, tornando possível o diálogo e a realização deste encontro revelando novos talentos. Cada obra escolhida nos revela sensibilidades, multiplicidades de temas, locais, estilos e épocas em que originalmente as obras foram realizadas por seus autores, possibilitando um recorte curatorial onde os limites são borrados, pela amplitude e liberdade dessas mulheres bordadeiras.
SERVIÇO
Abertura: 14 de agosto de 2023, às 19h
Visitação: 15 de agosto a 15 de setembro de 2023
Segunda a sexta das 9h às 12h e das 14h às 17h
Local: Sala Expositiva - Piso Superior
Centro Cultural UFG - CCUFG. Av. Universitária, 1533 - Setor Leste Universitário, Goiânia - GO, CEP: 74605-220