vento cerrado

Quinteto VentoCerrado leva sonoridades clássicas e contemporâneas ao CCUFG

Grupo de sopros apresentou repertório diversificado no dia 15 de outubro, explorando timbres, equilíbrio e emoção em música de câmara.

Por: Mateus dos Santos

 

Festivais Unificados EMAC 2025

O ChatGPT disse:

O concerto do Quinteto de Sopros VentoCerrado aconteceu no dia 15 de outubro, às 20h, no Teatro do CCUFG, integrando a programação dos Festivais Unificados da EMAC/UFG. O grupo apresentou-se com o objetivo de explorar as possibilidades sonoras e expressivas da tradicional formação de sopros — flauta, oboé, clarinete, fagote e trompa — em um programa que transita entre o repertório clássico e contemporâneo. A proposta foi oferecer ao público uma experiência musical rica e diversificada, permitindo que cada instrumento se destaque tanto em solos quanto em diálogos coletivos, evidenciando o equilíbrio, a complexidade e a beleza que caracterizam a música de câmara. A apresentação ainda busca criar uma atmosfera de proximidade entre músicos e plateia, tornando cada interpretação mais viva, intensa e significativa para quem assiste.

Formado recentemente, o VentoCerrado dedica-se a destacar a riqueza tímbrica e a versatilidade desse conjunto instrumental, criando interpretações que equilibram técnica, sensibilidade e criatividade. Cada apresentação é cuidadosamente planejada para que o público perceba a profundidade das interações entre os instrumentos, os contrastes de dinâmica e cor, e a intensidade das emoções transmitidas pela música. O quinteto busca tornar a experiência sonora envolvente, despertando interesse tanto de apreciadores mais experientes quanto de quem está conhecendo a música de câmara pela primeira vez. Além disso, o grupo incentiva uma reflexão sobre a relevância da música instrumental no cenário contemporâneo, mostrando que ela pode ser ao mesmo tempo acessível e desafiadora.

O Quinteto de Sopros VentoCerrado é formado por: Raul Menezes – Flauta, Lucas Avelino – Oboé, Daniel Andre – Clarinete, Wesley Oliveira – Fagote e Jessica Alves – Trompa. Além de valorizar o repertório tradicional da música de câmara, o grupo propõe-se a aproximar o público dessa prática, contribuindo para fortalecer o cenário camerístico e promover a apreciação da música instrumental. O concerto integra uma série de apresentações gratuitas que celebram a produção artística e pedagógica da EMAC/UFG durante o festival, oferecendo ao público a oportunidade de vivenciar a diversidade musical, conhecer novos compositores e intérpretes, e aprofundar seu contato com a música em diferentes estilos e períodos históricos. Com essa iniciativa, a escola reforça seu compromisso de democratizar o acesso à música e de formar públicos mais críticos e sensíveis às diversas linguagens artísticas. Entrevistamos Raul Menezes, o falutista, ele nos contou um pouco sobre o espetáculo.

 

vento cerradoGrupo Vento Cerrado/Divulgação

 

ENTREVISTA

Mateus dos Santos: Raul, o Quinteto VentoCerrado é um grupo relativamente novo. Como surgiu a ideia de formar este quinteto de sopros e qual a proposta artística do grupo?

Raul Menezes: O Quinteto VentoCerrado surgiu de uma vontade comum entre músicos que já participam da cena musical da cidade. A ideia foi formar um grupo de câmara nessa formação tradicional de quinteto de sopros, que oferece um vasto repertório. A proposta artística do grupo é realizar não apenas o repertório tradicional, mas também valorizar a música brasileira e incluir peças originais escritas especialmente para o quinteto.

 

Mateus dos Santos: O repertório do concerto inclui obras de Ibert e Ronaldo Miranda, com estilos bem distintos. Como o grupo se prepara para equilibrar técnica e expressão nesses diferentes universos musicais?

Raul Menezes: O grupo se prepara pensando nos desafios que essas obras nos colocam. O Ibert é uma peça curta e bastante dinâmica, com três movimentos muito contrastantes entre si. Já as variações de Ronaldo Miranda se desenvolvem de forma mais ampla, explorando diferentes atmosferas e permitindo que cada instrumento tenha momentos de destaque dentro do conjunto.

 

Mateus dos Santos: Para o público que talvez não esteja tão familiarizado com música de câmara ou com quintetos de sopros, o que eles podem esperar da apresentação do dia 15 de outubro no CCUFG?

Raul Menezes: O programa traz uma obra tradicional e uma brasileira, no intuito de podermos demonstrar as diferenças de linguagem e sonoridade nessas obras distintas. Essa formação, composta por flauta, oboé, clarinete, trompa e fagote, reúne instrumentos de timbres e características muito diferentes, e quando combinados, produzem uma sonoridade rica e variada.

 

Mateus dos Santos: Como flautista, quais desafios e particularidades você encontra ao interpretar em um quinteto de sopros, em comparação com recitais solo ou outros formatos de conjunto?

Raul Menezes: Um dos principais desafios de tocar em um quinteto de sopros é encontrar o equilíbrio entre os timbres dos instrumentos. Cada um tem sonoridade e características próprias, e o trabalho em conjunto exige um refinamento e uma conexão entre os músicos. Como flautista, um dos desafios é ter a flexibilidade de alternar entre momentos de protagonismo e outros em que é preciso se mesclar aos demais instrumentos.

 

ANÁLISE

As respostas de Raul Menezes revelam um grupo comprometido com a diversidade musical e a qualidade interpretativa. O Quinteto VentoCerrado surge da iniciativa de músicos experientes que desejam explorar o repertório tradicional dos quintetos de sopros, ao mesmo tempo em que valorizam a música brasileira e obras originais, mostrando versatilidade e inovação. Raul destaca a atenção do grupo aos contrastes de estilo e expressão, como nos diferentes universos de Ibert e Ronaldo Miranda, e ressalta a importância do equilíbrio entre os instrumentos para criar uma sonoridade rica e envolvente. Ele também enfatiza os desafios específicos do trabalho em conjunto, como a sensibilidade para mesclar timbres distintos e alternar entre momentos de destaque e apoio, algo que enriquece a experiência auditiva do público. Com esse cuidado artístico, a apresentação do dia 15 de outubro no CCUFG promete encantar tanto apreciadores experientes quanto quem está conhecendo a música de câmara, sendo uma oportunidade única de vivenciar a beleza e a diversidade.

 

 

 

 

 

 

Mateus dos Santos Alves

Mateus dos Santos é estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Goiás e estagiário de comunicação no Centro Cultural UFG. Atua com produção de conteúdo e cobertura jornalística de eventos culturais.

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